O lateral-direito brasileiro Daniel Alves recebeu uma sentença de quatro anos e meio de prisão nesta quinta-feira (22) por agressão sexual ocorrida em uma boate de Barcelona em 2022. O tribunal superior da região da Catalunha, na Espanha, emitiu a decisão que também incluiu uma ordem para que o jogador pague 150 mil euros à vítima, apesar de sua afirmação de que a relação foi consensual.

A sentença, emitida pela Audiência Provincial de Barcelona, fundamentou-se na constatação de que a vítima não consentiu com o ato e que havia evidências substanciais corroborando as acusações, desconsiderando o testemunho do autor. O promotor do caso havia solicitado uma pena de nove anos de prisão para Daniel Alves, cujo veredicto ainda pode ser objeto de recurso.
Desde sua prisão em janeiro do ano anterior, o ex-lateral do Barcelona, de 40 anos, permaneceu em prisão preventiva. O caso, além de envolver uma figura pública como Daniel Alves, destacou-se também pelo contexto social, em que a questão da violência de gênero tem ocupado lugar central no discurso público espanhol.
Este julgamento representa um dos casos mais emblemáticos na Espanha após a implementação, em 2022, de uma lei que tornou o consentimento um elemento-chave em casos de agressão sexual, aumentando as penalidades para crimes dessa natureza.
Os advogados de Daniel Alves não puderam ser contatados imediatamente para comentar sobre a sentença. No entanto, o advogado David Saenz expressou sua satisfação com a decisão, destacando que a sentença reconhece a veracidade das declarações da vítima e a gravidade do sofrimento por ela enfrentado.
Daniel Alves, conhecido por sua carreira vitoriosa em clubes renomados como Barcelona, Sevilha, Juventus e PSG, acumulando mais de 40 troféus ao longo de sua trajetória, viu sua carreira manchada após o incidente. Após a prisão, foi demitido pelo Pumas UNAM, clube mexicano onde estava atuando.