A Agência Reguladora de Medicamentos e Alimentos dos Estados Unidos – FDA, liberou nesta sexta (17) o uso de duas vacinas contra a covid-19 em crianças de idade entre seis meses e cinco anos.
A decisão ainda não foi confirmada pelo CDC (Centros de Controle e Prevenção de Doenças), que está avaliando os resultados dos testes clínicos. Há probabilidade de aval para até este sábado (18).
No Brasil, esse grupo ainda não tem autorização para tomar a vacina. Em novembro, os bebês não representavam 5% dos casos semanais de Srag (Síndromes Respiratória Aguda Grave) por covid-19 no país. Hoje, os hospitais infantis já registram aumento dos atendimentos nos prontos-socorros e de internação. Atualmente, a faixa etária entre zero e cinco anos se tornou a de maior risco de hospitalização pela covid-19, segundo análise da Fiocruz.
De acordo com a FDA, bebês a partir de seis meses podem receber doses das vacinas Moderna e Pfizer contra a covid. Caso seja aprovada pelo CDC, a imunização começa na próxima semana, segundo a agência de notícias AFP.
Segundo as recomendações da agência americana, para a vacina da Moderna será adotado um esquema de duas doses com intervalo de um mês. Crianças e adolescentes com imunossupressão podem tomar a terceira dose um mês após a segunda. Já a vacina da Pfizer será administrada em um ciclo de três injeções: duas com intervalo de três semanas e a terceira dois meses após a segunda.
A cobertura vacinal de crianças contra a covid tem sido um desafio nos EUA. A vacina da Pfizer/BioNTech foi autorizada para crianças de cinco a 11 anos em outubro, mas apenas 29% desse grupo está totalmente vacinado até agora, segundo dados federais. O Brasil enfrenta entrave semelhante.
De acordo com análise feita pela Folha de S.Paulo a partir de números oficiais do Ministério da Saúde, mais da metade das crianças que receberam a primeira dose de uma das vacinas contra covid-19 nos primeiros meses do ano podem estar com a segunda dose atrasada.
Nesta sexta, o comissário da FDA, Robert M. Califf, comemorou a aprovação das vacinas para novos grupos etários, indicando que elas são seguras e vão beneficiar muitas crianças.