As vendas do comércio brasileiro cresceram 0,5% entre janeiro e fevereiro de 2025, atingindo o maior nível da série histórica iniciada em 2000. O desempenho superou o recorde anterior, registrado em outubro de 2024, segundo a Pesquisa Mensal de Comércio, divulgada nesta quarta-feira (9) pelo IBGE. O resultado considera os ajustes sazonais, que eliminam distorções como feriados e diferenças de dias úteis.
Na comparação com fevereiro de 2024, o avanço foi ainda maior: 1,5%. Já no acumulado dos últimos 12 meses, o setor mostra expansão de 3,6%. A média móvel trimestral também avançou 0,2%, indicando tendência de crescimento contínuo. Atualmente, o comércio opera 9,1% acima do nível pré-pandemia, registrado em fevereiro de 2020.
Entre os oito segmentos analisados, quatro registraram crescimento nas vendas: supermercados (1,1%), móveis e eletrodomésticos (0,9%), artigos farmacêuticos (0,3%) e itens de uso pessoal e doméstico (0,1%). Segundo o gerente da pesquisa, Cristiano Santos, a desaceleração da inflação dos alimentos explica o protagonismo dos supermercados em fevereiro. “Foi o primeiro movimento mais expressivo após seis meses de estabilidade”, disse.
Por outro lado, livros, jornais e papelarias registraram forte queda (-7,8%), impactados pela migração para plataformas digitais e fechamento de livrarias. Também houve retração nos segmentos de informática (-3,2%), vestuário e calçados (-0,1%) e combustíveis (-0,1%). No varejo ampliado, que inclui veículos e materiais de construção, o volume de vendas recuou 0,4% de janeiro para fevereiro.