A Casa de Ogum, como é conhecido o Okutá de Ògún, no Candeal, tradicional terreiro voltado ao culto do orixá guerreiro, foi tombado nesta segunda-feira (13) como patrimônio histórico de Salvador, pela Prefeitura, por meio da Fundação Gregório de Mattos (FGM).
“Este já é o terceiro terreiro que nós tombamos em Salvador, assim como a Pedra de Xangô, em Cajazeiras, que é um símbolo da cultura de matriz africana em Salvador e o grande espaço de enaltecimento desta fé na cidade”, lembrou o prefeito Bruno Reis.
O chefe do Executivo Municipal assegurou ainda que o tombamento vai permitir a preservação da casa bicentenária para as gerações futuras. “Este é um terreiro de forte influência para a formação desta comunidade, e o tombamento leva em conta essa importância, bem como as ações sociais na comunidade.
A cerimônia de assinatura dos documentos contou também com a presença do presidente da FGM, Fernando Guerreiro, do compositor e cantor baiano Carlinhos Brown e representantes do Okutá e outras lideranças religiosas da capital baiana.
Histórico – Dentre suas particularidades, a Casa de Ògún é o único espaço de culto à divindade no Brasil, seguindo e mantendo os mesmos ritos como ocorre em África, onde cada região cultua uma divindade da diáspora africana. Essa é uma tradição bicentenária.