Na manhã deste sábado (27), o capitão da Polícia Militar Mauro das Neves Grunfeld foi preso novamente como parte da “Operação Fogo Amigo”, que investiga uma organização criminosa voltada para a venda de armas e munição ilegais em Alagoas, Bahia e Pernambuco. A prisão foi efetuada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco), em conjunto com as Polícias Federal e Militar, seguindo determinação da Justiça que restabeleceu a prisão preventiva do oficial após recurso do Ministério Público.
Anteriormente, a defesa havia conseguido a revogação da prisão preventiva do capitão, mas uma liminar suspendeu essa decisão, levando à sua recaptura. A Justiça justificou a decisão afirmando que as condições que inicialmente motivaram a prisão preventiva permanecem inalteradas, destacando a necessidade de mantê-lo detido para assegurar a ordem pública. Clique aqui e siga nosso canal no WhatsApp.
O capitão Grunfeld foi denunciado em 7 de junho de 2024, acusado de envolvimento com uma organização criminosa armada e de comercialização ilegal de armas de fogo, incluindo armamento de uso restrito. As investigações revelaram um esquema sofisticado em que o policial e outros membros da quadrilha obtinham munições ilegalmente, adquiriam armas “frias” e as vendiam através de intermediários, abastecendo facções criminosas na Bahia.
Durante a operação que levou à prisão do oficial, foram apreendidas uma arma registrada em nome de terceiros, uma grande quantidade de munições de diversos calibres e documentos de transporte de mercadorias, indicando seu envolvimento no comércio ilegal. Registros financeiros mostraram que o policial transferiu R$ 87.330,00 para outro membro da organização criminosa em 35 transações, comprovando sua participação ativa na quadrilha. Clique aqui e siga nosso canal no WhatsApp.
Fogo Amigo
A “Operação Fogo Amigo”, deflagrada em 21 de maio de 2024, cumpriu 20 mandados de prisão preventiva e 33 de busca e apreensão contra agentes de segurança pública, CACs (caçadores, atiradores e colecionadores), empresários e lojas de armamentos envolvidos no esquema criminoso. As ações ocorreram em Juazeiro, Salvador e Santo Antônio de Jesus, resultando no sequestro de bens e bloqueio de valores de até R$ 10 milhões dos investigados, além da suspensão das atividades de três lojas que comercializavam material bélico de forma irregular.
A operação foi coordenada pelo Gaeco Norte do Ministério Público estadual e pela Polícia Federal, com apoio de várias forças policiais e do Exército Brasileiro, destacando-se pela ampla cooperação entre diferentes órgãos na luta contra o comércio ilegal de armas.
