Cantora de Cruz das Almas acusa prefeito de manipulação no resultado da Lei Paulo Gustavo

Paulinha Oliveira diz que foi de contemplada à suplente em 20 dias; ela levanta suspeitas de perseguição política

Foto: Reprodução/YouTube
Foto: Reprodução/YouTube

A cantora Paulinha Oliveira está no centro de uma polêmica em Cruz das Almas, no Recôncavo Baiano, ao denunciar a prefeitura por supostamente alterar o resultado do edital da Lei Paulo Gustavo. Seu projeto foi inicialmente aprovado e divulgado no Diário Oficial do Município. No entanto, em um curto intervalo de 20 dias, o nome de Paulinha apareceu como suplente em uma nova edição do diário.

“No dia 11 de novembro, nosso projeto de realização de um documentário sobre a procissão de sanfoneiros, realizada na cidade, foi publicado como aprovado no Diário Oficial do Município. Já no dia 30 saiu uma nova edição que colocava o nosso nome como suplente”, denuncia a artista.

Indignada, Paulinha diz que seu nome já havia sido incluído na lista definitiva de contemplados e que chegou a assinar contrato, fornecendo inclusive seus dados bancários. “Fui lá na Secretaria da Cultura, assinei contrato e chegaram a pedir meus dados para efetuar o depósito. Acontece que fui rebaixada de contemplada à suplente sem nenhuma explicação”. A cantora levanta suspeitas de perseguição por parte da gestão do prefeito Ednaldo Ribeiro.

A mudança inesperada causou prejuízos significativos, já que Paulinha Oliveira havia contratado uma equipe de filmagem e edição para a realização do documentário, mas ficou impossibilitada de prosseguir devido à falta de recursos financeiros.

Em resposta à situação, a artista apresentou recurso, embora esteja duvidosa quanto a uma nova vitória. Ela alega que os critérios adotados pela prefeitura parecem ser mais políticos do que técnicos ou culturais, levantando dúvidas sobre a imparcialidade do processo de seleção da Lei Paulo Gustavo em Cruz das Almas.

O que diz a Prefeitura?

Ao Panorama da Bahia, a Prefeitura de Cruz das Almas confirmou a aprovação do projeto de Paulinha Oliveira, mas explicou que um recurso sobre cotas foi acionado, favorecendo outra pessoa e tirando a vaga que seria dela, colocando-a como suplente. Veja nota na integra:

“De acordo com informações do secretário de Esportes, Cultura e Turismo e Lazer, a pessoa que está denunciando teve o seu projeto aprovado em último lugar da categoria para qual ela se inscreveu, que foi documentário e curtas metragens. Porém houve um recurso por parte do sistema de cotas, e a pessoa que entrou com o recurso, ganhou. Diante disso, pelas cotas a outra pessoa acabou ocupando a vaga e Paulinha infelizmente foi para a suplência.

Lamentamos o ocorrido, respeitamos todos os fazedores de cultura, mas a Prefeitura precisa seguir o que diz a lei. A comissão da Lei Paulo Gustavo tem que cumprir todas as decisões judiciais.”

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