A Associação Bahiana de Imprensa (ABI) divulgou que ainda aguarda o cumprimento do acordo negociado diretamente com o prefeito Bruno Reis em junho deste ano, que visava solucionar o impasse do valor do aluguel congelado há oito anos do Edifício Ranulfo Oliveira, localizado no Centro Histórico da capital baiana. Sem a concretização do acordo, a ABI cogita adotar um regime de trabalho totalmente remoto para reduzir despesas.
Na próxima quarta-feira (10), a Diretoria Executiva da ABI decidirá novas medidas de contenção de custos, após já ter adotado um regime de trabalho parcialmente remoto desde abril. A entidade enfrenta a necessidade de se manter adimplente em todas as suas obrigações fiscais e trabalhistas para continuar recebendo os aluguéis do edifício, cujo contrato de locação com a Prefeitura de Salvador está congelado há oito anos. Mesmo após negociação direta com o prefeito Bruno Reis, a ABI ainda aguarda o cumprimento do acordo. Clique aqui e siga nosso canal no WhatsApp.
De acordo com a ABI, se as medidas internas da Prefeitura não forem concluídas a tempo, e o novo plano de contenção for aprovado, os serviços prestados à sociedade serão oferecidos exclusivamente de forma remota, a partir de 15 de julho. A instituição já tem tomado medidas de restrição, incluindo o fechamento do Museu de Imprensa desde dezembro passado e a redução de funcionamento da sua sede na Praça da Sé em dois dias da semana. Ainda assim, essas ações têm sido insuficientes para equilibrar as finanças da ABI.
O presidente da ABI, Ernesto Marques, destaca que, apesar dos investimentos realizados para atualizar as instalações do edifício e garantir a segurança contra incêndios e descargas atmosféricas, a falta de atualização dos valores contratuais desde 2015 descapitalizou a entidade. “Esses investimentos foram feitos na expectativa de atualização dos contratos. Por esta razão, a ABI ficou descapitalizada”, afirmou Ernesto Marques. Clique aqui e siga nosso canal no WhatsApp.
A ABI, que além de locar parte do Edifício Ranulfo Oliveira para a Prefeitura, mantém diversos espaços culturais e educativos, depende da adimplência para continuar suas atividades. A entidade diz que aguarda pacientemente o encaminhamento do acordo negociado em reunião com o prefeito Bruno Reis, na presença da secretária de Comunicação, Renata Vidal, enquanto adota medidas de contenção de despesas para manter-se adimplente e funcional.