Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) completa nesta quarta-feira (12), 100 dias em prisão domiciliar, em meio ao enfraquecimento de sua base política e ao temor crescente de ser transferido para um presídio, onde poderá cumprir inicialmente em regime fechado a pena de 27 anos e três meses de prisão por liderar a tentativa de golpe de 2022.
A possibilidade de transferência para o Complexo da Papuda, em Brasília, passou a ser considerada após a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitar, por unanimidade, o primeiro recurso apresentado por sua defesa. O julgamento ocorre em plenário virtual e será oficialmente encerrado na sexta-feira (14). Apesar de ainda poder recorrer, a avaliação entre ministros é de que o processo deve ser considerado encerrado até dezembro, abrindo caminho para o cumprimento efetivo da pena.
Nesse período, Bolsonaro viu seu grupo político mergulhar em disputas internas. Entre os episódios recentes estão o racha entre o centrão e a direita após o tarifaço imposto por Donald Trump, que teve Eduardo Bolsonaro (PL-SP) como protagonista, e as brigas em Santa Catarina pela vaga ao Senado em 2026, envolvendo Carlos Bolsonaro (PL-RJ).
Em março, antes de ser preso, Bolsonaro havia declarado à Folha de S.Paulo que uma eventual prisão significaria o “fim de sua vida e da carreira política”, citando a idade e as acusações que poderiam somar décadas de pena. Hoje, isolado politicamente e sem espaço de articulação, ele tenta reverter a condenação enquanto enfrenta crescente isolamento.
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