Em vídeo divulgado nas redes sociais, o biólogo Alexander Gomes fez uma grave denúncia contra a construção de um supermercado de grande porte em área de proteção ambiental no Abaeté, em Salvador. De acordo com ele, a obra está sendo licenciada pela Prefeitura em plena Área de Preservação Permanente (APP), o que contraria o Código Florestal. “Um supermercado privado não se enquadra em utilidade pública, interesse social ou baixo impacto ambiental”, afirmou.
O terreno, segundo o biólogo, pertence à APA Lagoas e Dunas do Abaeté e abriga ecossistemas frágeis como dunas e restingas. Alexander alerta que a construção pode causar desmatamento, afetar a fauna local e comprometer a recarga hídrica da Lagoa do Abaeté. “Se a licença e a supressão de vegetação forem autorizadas, técnicos e gestores podem responder por crimes ambientais”, disse, citando os artigos 66 e 67 da Lei de Crimes Ambientais (Lei 9.605/1998).
Ainda segundo o denunciante, o caso já está sendo analisado pelo Ministério Público e um abaixo-assinado está circulando entre moradores e ambientalistas (confira aqui). O documento apela à Prefeitura de Salvador para que siga desautorizando a obra, e ao Governo do Estado da Bahia para que se junte aos esforços, emitindo pareceres que priorizem a preservação da natureza ainda existente na APA do Abaeté, em detrimento do interesse comercial de poucos.
O Panorama da Bahia procurou a Secretaria Municipal de Sustentabilidade, Resiliência e Proteção Animal (SECIS), a Secretaria de Desenvolvimento Urbano (SEDUR), e a Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Salvador para esclarecer a denuncia feita pelo biólogo e obter informações sobre o licenciamento da obra. O espaço segue aberto para inclusão de posicionamentos.
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