O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) anunciou nesta segunda-feira (28) um investimento de aproximadamente R$ 90 milhões em projetos de preservação da Caatinga, único bioma exclusivamente brasileiro. A iniciativa foi apresentada durante evento em Brasília que celebrou o Dia Nacional da Caatinga. A Bahia, que abriga a maior área contínua de Caatinga preservada do país, será uma das principais beneficiadas pelos projetos.
Entre as ações anunciadas estão o programa Áreas Protegidas da Caatinga (Arca), que destinará cerca de R$ 55,7 milhões para a proteção de espécies ameaçadas e apoio a comunidades tradicionais, e o projeto Conecta Caatinga, que contará com R$ 34,1 milhões para combater a desertificação e restaurar áreas degradadas. As iniciativas também visam reforçar a adaptação às mudanças climáticas e fortalecer a gestão de unidades de conservação.
Durante a cerimônia, a ministra Marina Silva destacou a necessidade de olhar especial para o bioma. “É muito legítima a demanda de que a Caatinga tenha um olhar especial, porque ela está dentro do nosso país e é nossa responsabilidade manter esse espaço tão necessário para a nossa biodiversidade”, afirmou. Marina também alertou que até atividades sustentáveis, como a geração de energia limpa, podem impactar negativamente o bioma se não forem bem planejadas.
Na Bahia, a Caatinga ocupa cerca de 54% do território estadual e é essencial para o equilíbrio ambiental e a vida de milhões de pessoas. O estado abriga áreas prioritárias para conservação, como o Boqueirão da Onça — maior área contínua de Caatinga preservada do Brasil — e o Raso da Catarina, ambos fundamentais para proteger espécies adaptadas ao clima semiárido e promover o desenvolvimento sustentável das comunidades locais.