Bahia reduz mortes violentas e bate recorde de prisões com reconhecimento facial

Estado tem 125 cidades sem homicídios no 1º semestre e registra queda de até 16% em Salvador

Foto: Thuane Maria/GovBA
Foto: Thuane Maria/GovBA

A Bahia apresentou uma queda significativa nos índices de violência no primeiro semestre de 2025. Foram 7,3% a menos nos casos de homicídio, latrocínio e lesão dolosa seguida de morte em comparação com o mesmo período de 2024. Também houve redução de 5,6% nos feminicídios. Um dos destaques foi o número de 125 municípios que não registraram mortes violentas, entre eles Madre de Deus, Piatã, Jandaíra e Valente.

Em Salvador, os crimes violentos letais apresentaram queda de 16,6%, com 398 registros este ano contra 477 no ano passado. Já na Região Metropolitana, a redução foi de 8,4%. Segundo o secretário da Segurança Pública, Marcelo Werner, os resultados refletem o planejamento contínuo e o reforço na capacitação dos profissionais. “O trabalho é sem trégua em relação às facções e a qualquer tipo de crime”, disse.

O uso da tecnologia de reconhecimento facial foi responsável por 1.132 prisões no semestre, superando o total registrado ao longo de todo o ano de 2024. O delegado-geral André Viana destacou que os resultados são fruto da atuação integrada das forças policiais com base em inteligência. “A partir de um mapeamento e da integração das forças, conseguimos maior eficiência”, explicou.

As operações Força Total, Unum Corpus, Móbile e outras ações da SSP também contribuíram para os resultados. A Móbile, por exemplo, atua na recuperação de celulares roubados. Já os assaltos a ônibus tiveram queda de 53,3% em relação a 2024. “Queremos zerar esse tipo de roubo com operações integradas, principalmente na madrugada”, afirmou o comandante da PM, coronel Antônio Carlos Magalhães.

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Outro destaque foi o Disque Denúncia, que operou 24 horas por dia e recebeu mais de 40 mil atendimentos no semestre. Segundo a coordenadora Sabrina Aiêxa, nove mil denúncias geraram mais de 70 ocorrências que resultaram em prisões e apreensões. “O anonimato é garantido e as ligações são gratuitas pelo número 181 ou pelo site oficial (acesse aqui)”, reforçou.

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