O Governo da Bahia e a Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB) formaram um grupo de trabalho para discutir os impactos da taxação imposta pelos Estados Unidos ao Brasil, que entra em vigor em agosto. A medida visa proteger a economia baiana e construir alternativas comerciais diante das possíveis perdas para setores estratégicos do estado.

A decisão foi tomada nesta segunda-feira (14), em reunião entre o governador Jerônimo Rodrigues (PT) e o presidente da FIEB, Carlos Henrique Passos, com presença de secretários estaduais e representantes do setor produtivo. O objetivo é garantir investimentos, preservar empregos e sustentar a geração de renda na Bahia.

Entre os segmentos mais afetados estão os de celulose, cacau, pneus, petroquímica, mineração e agronegócio — todos com forte peso na economia baiana. Atualmente, os EUA representam 8,3% das exportações do estado, o que torna o impacto das novas tarifas ainda mais significativo para cadeias produtivas locais.

Durante o encontro, os participantes criticaram a mudança unilateral na política comercial americana, que, segundo eles, compromete a credibilidade do mercado dos EUA. A Bahia defende que eventuais respostas ocorram por meio do diálogo e da diplomacia, evitando danos maiores à economia brasileira, especialmente ao Nordeste.