Uma reunião técnica realizada nesta terça-feira (22), na sede da União dos Municípios da Bahia (UPB), marcou o início da construção de um plano emergencial para conter ataques de cães a rebanhos de ovinos e caprinos em municípios do Semiárido baiano. O encontro reuniu prefeitos, representantes do Governo do Estado, Faeb/Senar, Ministério Público, Assembleia Legislativa, FECBAHIA, além de conselhos e associações ligadas à medicina veterinária.

O presidente da UPB e prefeito de Andaraí, Wilson Cardoso, avaliou positivamente a articulação. “Aqueles municípios que sobrevivem da comercialização de animais na feira livre perderam muito. As pessoas estão deixando de criar”.
O secretário de Desenvolvimento Rural, Osni Cardoso, alertou para os impactos sociais e econômicos dos ataques: “A gente sabe o tamanho do prejuízo, que é um crime contra a economia popular e a agricultura familiar”. Já o secretário da Agricultura, Pablo Barroso, afirmou que a questão também envolve saúde pública, e adiantou que está em andamento o levantamento de custos e a elaboração de um cronograma emergencial para a atuação de castramóveis nos municípios afetados.
Segundo o presidente da FECBAHIA, Sivaldo Rios, a articulação interinstitucional será essencial para acelerar as ações. A gravidade do problema foi evidenciada pelo deputado Luciano Araújo, que apontou a perda de cerca de 100 mil animais em 50 municípios baianos nos últimos anos. “As pessoas estão deixando de criar. A comercialização nas feiras livres foi diretamente afetada”, alertou.