Search
Close this search box.

Artista autodidata expõe na Alba o universo de mulheres negras e indígenas

Exposição acontece até a próxima sexta-feira (4)

Foto: Neuza Menezes/Agência ALBA
Foto: Neuza Menezes/Agência ALBA

O Espaço Cultural Josaphat Marinho da Assembleia Legislativa expõe, até a próxima sexta-feira (4), os trabalhos de Arlete Lima, uma artista plástica autodidata que jamais cursou uma faculdade, mas que possui um vasto conhecimento intuitivo em cenografia, aerografia, pirografia, grafite e letreiro tridimensional. Nesta mostra, no Parlamento baiano, ela trouxe sete peças circulares em MDF (80 x 80 cm), onde utiliza a técnica aerográfica (caneta, compressor e tinta vinílica), além de três peças em polietileno (60 x 60 cm), a partir da técnica da pirografia-caneta, pontas de ferro e fogo sobre madeira.

A artista conta que desde os 7 anos, nos tempos da escolinha, no bairro do Curuzu, em Salvador, já tinha liberdade para criar desenhos diferentes que chamavam a atenção dos colegas e professores. Arlete lembra que fez um curso técnico de turismo no Colégio Severino Vieira, porém jamais pensou em ingressar na Escola de Belas Artes para desenvolver a arte que desde a infância fazia parte do seu cotidiano.

Com 20 anos, foi trabalhar como recepcionista em um Ateliê na Lapinha, passando a conviver com muitos produtores e artistas, que encomendavam para ela cenários de shows e eventos diversos, tanto para a capital baiana quanto para outros lugares do Brasil.

Arlete Lima tem orgulho de ser uma artista plural, conseguindo executar várias técnicas, sem ter estudo acadêmico formal. “Nunca tomei um curso de pintura, ninguém jamais me ensinou a desenhar. Tudo que aprendi foi vendo, deixando minha criatividade fluir. Eu acredito que a arte se vende, a arte fala por si só”, afirma. Os trabalhos em grafite marcam presença em bairros como São Rafael, Águas Claras e também em Itapuã, local onde mora atualmente. No bairro imortalizado por Caymmi e Vinicius de Moraes, a paisagem nativa com suas dunas e os indígenas que habitavam o Abaeté emoldura a parte externa do Colégio Estadual Rotary.

Desde o início do ano, a artista coloca suas peças em exposição no Centro Cultural Aloaxé, no Pelourinho, apresentando quadros que retratam símbolos africanos, bem como lugares que destacam os mais famosos pontos turísticos da cidade, sempre com uma visão surrealista, através de traços espontâneos e automáticos. Aqui, na Casa Legislativa, ela agradeceu a oportunidade que vem tendo para apresentar as variadas forças da mulher, seja ela intelectual ou guerreira, mas principalmente amorosa, trazendo como fonte de inspiração a avó Benvinda, do município de Tanquinho de Feira.

“Eu tenho muito orgulho de correr na minha veia o sangue do índio e do negro. Desde pequena, escondida atrás da porta, eu fazia poesias, desenhos e até músicas. Ela me escutava e incentivava minha imaginação fértil. Eu presto esta homenagem à mulher da minha vida, que foi minha avó”, definiu convicta e emocionada a artista plástica, que tem seus trabalhos divulgados no Instagram @folhadefogoficial.

Siga a gente no Insta | Face | TwitterYouTube | Whatsapp.

Acompanhe o Panorama da Bahia no Google Notícias e fique sempre bem informado.

Notou algum erro no texto acima? Por favor, nos informe clicando aqui.

Apoie o Panorama da Bahia com qualquer valor e ajude a manter a integridade da nossa linha editorial: pix@panoramadabahia.com.br

Compartilhe:

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp

VEJA TAMBÉM

PUBLICIDADE
master banner

PODCAST

REDES SOCIAIS

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

error: Conteúdo protegido.