O presidente estadual do PDT e deputado federal, Félix Mendonça Jr., expressou sua indignação em relação à filiação de Débora Régis ao União Brasil (UB), descrevendo-a como uma traição que desestruturou as bases do partido em Lauro de Freitas. Em entrevista ao OFF News, Mendonça denunciou a movimentação como um golpe sorrateiro que deixou o PDT “apunhalado pelas costas” e sem candidatos para a eleição municipal de 2024 na cidade.
A decisão repentina de Débora de se filiar ao União Brasil no último dia do prazo da janela partidária foi duramente criticada por Mendonça. Ele apontou que a ausência da candidata comprometeu gravemente os planos do PDT, que contava com ela para liderar e atrair candidatos, uma vez que Débora liderava as pesquisas de intenção de voto na oposição local. Clique aqui e siga nosso canal no WhatsApp.
“Depois de uma saída dessa, faltando 24 horas para o fim do prazo da filiação, para organizar o partido só se a gente fizesse uma fraude, aí enchia de gente e montava o partido sem responsabilidade, não é esse o perfil do PDT. Comunico que o PDT de Lauro, depois da abrupta saída da candidata que o partido abrigou, depositou confiança e recebeu essa facada, vai ficar sem nenhum candidato em Lauro de Freitas. Sem nenhum candidato a prefeito e vereador, zero. A saída desta forma deixou o partido sem nenhuma opção”, lamentou Félix Mendonça Jr.
O presidente do PDT ainda criticou a estratégia do chamado “cinturão azul” do União Brasil na Região Metropolitana de Salvador (RMS), afirmando que tal movimento visa fortalecer o UB em detrimento dos aliados, como o PDT. Mendonça destacou que Débora, ao ingressar no UB, se envolve em uma disputa que não é sua.
“Essa estratégia do cinturão azul do União Brasil eu considero pouco inteligente, considero de uma inteligência tacanha, mesquinha, feita por cima dos aliados, passando uma visão de que os aliados só estão ali para receber carguinho e ficar satisfeitos. Eu acho burra pelo seguinte: tanto a RMS, onde querem criar o cinturão do partido que está em ebulição literalmente, já que houve gente tocando fogo nas casas de praia… um partido que teve a destituição do presidente, que tem membros agredindo outros, partido que está degradado nacionalmente e que precisa se arrumar, arrumar a casa, já que nem esse trabalho fez”, apontou o deputado federal do PDT.
Com a filiação de Débora ao UB, a dinâmica da eleição em Lauro de Freitas sofre uma mudança significativa, conforme ressaltou Mendonça. A disputa deixa de ser local, centrada na candidatura de Débora pelo PDT, para tornar-se uma batalha regional, com implicações políticas mais amplas. Clique aqui e siga nosso canal no WhatsApp.
“A eleição em Lauro agora não é mais Débora do PDT contra o candidato de Moema, é Débora a candidata de Teobaldo, de ACM Neto, de Elinaldo, Débora que se dizia pobre perseguida, sofredora, é poderosa agora, já quem tem o prefeito de Camaçari e o ex-prefeito de Salvador como padrinhos. Está no partido que tem um dos maiores fundos eleitorais. Mas com isso ela traz com a rejeição que levou ACM Neto a perder uma eleição que estava ganha. Traz a briga de fora do município, que não é dela, de Lula contra candidato União, que nem teve… deixa de ser uma briga local, dela, para ser regional. Ela não vai ganhar ou perder, quem vai é o União Brasil, o partido que foi derrotado na eleição passada e tá magoado, e quer mostrar agora: “olha, se a eleição fosse hoje eu poderia ganhar”, finalizou Félix Mendonça Jr.