Foto: Ricardo Stuckert/PR
A nova pesquisa Quaest revela sinais de recuperação para o presidente Lula (PT) em meio à crise provocada pelo tarifaço imposto por Donald Trump. A aprovação do governo subiu para 46%, três pontos acima do último levantamento, enquanto a desaprovação caiu para 51%, uma queda de dois pontos. Desde maio, Lula ganhou seis pontos de aprovação e reduziu seis pontos de desaprovação, com destaque para o Sudeste, onde a rejeição recuou de 64% para 55%.

A avaliação positiva do presidente é reforçada pela percepção de que ele age em defesa do Brasil. Para 49% dos entrevistados, Lula está protegendo os interesses nacionais diante da medida de Trump, contra 41% que acham que ele busca apenas autopromoção. Já Eduardo Bolsonaro é visto de forma oposta: 69% acreditam que ele defende apenas os interesses da própria família, e só 23% o veem como defensor do país.
O contraste entre Lula e os Bolsonaro é ainda mais nítido no enfrentamento da crise. Para 48% dos entrevistados, Lula e o PT estão agindo da forma mais correta contra Trump, enquanto apenas 28% consideram que Jair Bolsonaro e seus aliados adotam a postura certa. Isso reforça a imagem do presidente como líder comprometido com o Brasil.

Na comparação com outros políticos, Lula também se sai melhor. Segundo a pesquisa, 44% avaliam que ele está lidando bem com a crise e 46% consideram que age mal, um saldo negativo de apenas 2%. Já Tarcísio de Freitas tem saldo negativo de 11%, e Jair e Eduardo Bolsonaro amargam os piores índices, com saldo negativo de 31% cada.

O levantamento mostra que a maioria da população rejeita as tarifas impostas por Trump: 71% consideram que ele está errado e 77% afirmam que o tarifaço vai prejudicar sua vida. Nesse cenário, Lula desponta como o principal contraponto, consolidando-se como a voz de defesa dos interesses nacionais e revertendo gradualmente o quadro de desgaste político.
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