Após queda do IOF, Wagner acusa Congresso de romper acordo: “Não é bom para o Parlamento”

Senador defende decreto como medida de justiça tributária e critica impacto fiscal da revogação

Após queda do IOF, Wagner acusa Congresso de romper acordo:
Foto: Andressa Anholete/Agência Senado
Foto: Andressa Anholete/Agência Senado

O líder do governo no Senado, Jacques Wagner (PT), saiu em defesa do decreto presidencial que previa o aumento do IOF e lamentou a derrubada da medida pelo Congresso Nacional. Para o senador, a decisão representa não apenas uma derrota para o Executivo, mas uma quebra de compromisso entre os poderes. “Essa Casa vive de cumprir acordos. Foi feito um acordo que está sendo descumprido. Eu não acho isso bom para o Parlamento”, afirmou.

Wagner destacou que o decreto buscava corrigir distorções no sistema tributário, principalmente em setores que hoje se beneficiam de isenções e brechas fiscais. Segundo ele, a proposta visava equilibrar as contas públicas sem atingir políticas sociais. “O decreto do presidente da República visa fazer justiça tributária”, argumentou o senador, ressaltando ainda que o texto já havia sido ajustado para atender parte das exigências dos parlamentares.

Para o senador, a revogação da medida enfraquece a capacidade do governo de cumprir metas fiscais sem comprometer áreas sensíveis como saúde e educação. Ele alertou para os riscos de continuar pressionando apenas os cortes de despesas primárias. “Muitos enviam dinheiro para o exterior, fugindo do pagamento do IOF, e a ideia do governo era evitar essas fugas”, reforçou Wagner, ao defender um sistema mais justo e eficaz.

Com a queda do decreto, o governo perde uma importante fonte de arrecadação — estimada em R$ 20,5 bilhões — e pode ser forçado a realizar novos cortes. Para Wagner, a decisão deixa o país mais vulnerável. “É preciso responsabilidade. Não dá para exigir equilíbrio fiscal e, ao mesmo tempo, negar os instrumentos para alcançá-lo”, disse, criticando o uso político de temas que deveriam ser tratados com foco no interesse coletivo.

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