Vinte e seis dos 27 países da União Europeia uniram suas vozes em um apelo conjunto por uma “pausa humanitária imediata que leve a um cessar-fogo sustentável” em Gaza, conforme anunciado pelo chefe de política externa da UE, Josep Borrell, nesta segunda-feira (19). O pedido enfatiza a necessidade urgente de uma interrupção das hostilidades, acompanhada pela libertação de reféns e a prestação de assistência humanitária. O único país da UE que não aderiu à declaração foi a Hungria.

A iniciativa da UE ocorre logo após o presidente Luís Inácio Lula da Silva chamar atenção para o problema, subindo o tom contra Israel. Especialistas apontam que a postura brasileira coloca o país em uma posição de liderança na oposição à política israelense em relação ao povo palestino. Esta atitude, avaliam, pode influenciar outros países do Sul global a tomarem posição diante do conflito no Oriente Médio.

No contexto desse embate diplomático, o primeiro-ministro israelense, Netanyahu, convocou o embaixador brasileiro em Israel para uma repreensão, em resposta às declarações de Lula. O governo brasileiro, por sua vez, também convocou o embaixador brasileiro em Israel, intensificando uma queda de braço diplomática que teve início após as declarações de Lula no domingo, comparando as ações militares israelenses em Gaza ao genocídio de Adolf Hitler.