Após denúncias de que uma menina de 12 anos teria sido estuprada e morta e outra criança teria sido jogada em um rio e desaparecido, a comunidade em que elas viviam junto com outros 25 yanomamis, foi incendiada.
Imagens publicadas [vídeo abaixo] por integrante do Conselho Distrital de Saúde Indígena Yanomami e Ye’kwana (Condisi-YY) na comunidade Aracaçá, na terra indígena Yanomami, em Roraima, mostram a aldeia totalmente queimada. Os 25 indígenas que viviam na comunidade desapareceram.
Integrantes do conselho afirmaram que esses povos têm a tradição de queimar e evacuar o lugar onde moram se algum parente morre. A causa do incêndio, no entanto, não foi confirmada e os 25 indígenas continuam desaparecidos.
Na segunda-feira (25/4), o presidente do grupo, Júnior Hekurari Yanomami, publicou um vídeo nas redes sociais dizendo que recebeu relatos das violências, supostamente praticadas por garimpeiros ilegais que invadiram o território na região de Waikás.
Ele então avisou as autoridades e acompanhou uma comitiva ao local com equipes da Polícia Federal, do Ministério Público Federal, da Funai (Fundação Nacional do Índio) e da Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena). A missão que partiria na terça (26/4) foi interrompida por questões climáticas.
O garimpo e a aldeia ficam separados por um rio, a poucos minutos de barco e caminhada.
Na sexta-feira (29), a ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), cobrou uma apuração rigorosa sobre a notícia de uma menina indígena de 12 anos que teria sido estuprada e morta por garimpeiros em uma comunidade Yanomami, em Roraima. O crime ocorreu na segunda-feira (25).