O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) afirmou que o governo brasileiro está “otimista” diante da possibilidade de uma reunião entre o presidente Lula e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para dialogar sobre as tarifas aplicadas às exportações brasileiras. Segundo ele, negociações já vinham sendo conduzidas, e medidas recentes nos EUA – como a isenção de tarifas para celulose e ferro-níquel – reforçam esse cenário de confiança.
Apesar do clima favorável, Alckmin enfatizou que ainda não há definição sobre a data ou o formato do encontro. Ele disse que o diálogo é um “passo importante” para avançar nas relações bilaterais, lembrando que Brasil e EUA mantêm uma história de mais de dois séculos de parceria.
Para o vice-presidente, os argumentos do Brasil nas negociações são “favoráveis”, numa lógica de “ganha-ganha”. Ele destacou que os EUA têm déficit comercial com muitos países, mas que com o Brasil há superávit; mencionou também que as exportações estadunidenses ao Brasil cresceram em média 11% até agora em relação ao ano anterior.
As tratativas para o encontro foram reveladas por Trump durante seu discurso na Assembleia Geral da ONU, quando ele disse que o abraço trocado com Lula seria o prenúncio de uma reunião. Lula, por sua vez, reagiu chamando o momento de “uma surpresa boa” e comentando que “pintou uma química mesmo”.