Com a ascensão de Ivana Bastos (PSD) à presidência da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), a Casa pode ter, pela primeira vez, uma presidente e uma vice-presidente mulheres. A deputada Fátima Nunes (PT) foi indicada pelo partido para ocupar a 1ª vice-presidência, após um impasse sobre quem assumiria a vaga deixada por Ivana. O acordo foi consolidado na primeira reunião da Mesa Diretora do biênio 2025-2027, realizada nesta segunda-feira (10).
A escolha de Fátima ocorre após um debate interno no Legislativo. O líder do governo na ALBA, Rosemberg Pinto (PT), defendeu o cumprimento de um acordo prévio firmado na eleição de Ivana. “O acordo firmado com Ivana Bastos na eleição do dia 3 é que o PT retorne essa posição, em nome da proporcionalidade”, afirmou o parlamentar. Apesar da movimentação do deputado Marquinho Viana (PV), atual 2º vice-presidente, que reivindicava a ascensão automática ao cargo, o entendimento final foi que a vaga permaneceria com o PT.
Além de Fátima Nunes, o deputado Zé Raimundo (PT) também teve seu nome colocado como opção para o cargo, mas a tendência é que a escolha recaia sobre a deputada. Para Rosemberg, a presença de duas mulheres no comando da ALBA reforça uma mudança de perspectiva na política baiana. “Já há um sentimento na Casa de que duas mulheres, uma presidenta e a outra vice, casam bem para esse momento da assunção de um olhar mais moderno, feminino, para gerir essa Casa Legislativa do estado da Bahia”, declarou.
A decisão final sobre a 1ª vice-presidência será confirmada em plenário nesta terça-feira (11), quando o assunto será tratado como prioridade pelos parlamentares. Caso se confirme a escolha de Fátima Nunes, a ALBA entrará novamente para a história, desta vez com uma dupla liderança feminina inédita em seus 190 anos de existência.