A vereadora Aladilce Souza (PCdoB) criticou a proposta da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2026, aprovada pela maioria na Câmara Municipal de Salvador. Segundo ela, o projeto do Executivo municipal é excludente, pois deixa de contemplar políticas essenciais para a regularização fundiária e ignora as necessidades dos moradores da periferia, aprofundando desigualdades sociais históricas na cidade.
“Na Orla Atlântica, todo mundo tem sua escritura de terra, tem sua propriedade, seu móvel. Mas na maioria da cidade, nos bairros de periferia, quase ninguém tem a posse. Tem gente que ainda paga o foro e paga IPTU. E isso precisa ser resolvido. Está na Constituição a determinação para correção, para reparação dessa desigualdade. Mas o Executivo ignora e vem mais uma vez para está Casa uma LDO que não trata desse tema”, disse ela.
Aladilce e os demais vereadores da oposição apontaram, também, a evidente falta de prioridade orçamentária para secretarias como Reparação e Sustentabilidade e Resiliência. “Num momento que nós estamos em emergência climática, que temos Salvador já com elavação de temperatura, com graves desmatamentos de Mata Atlântica, o prefeito só pensa em leiloar áreas verdes”, criticou.