O presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), deputado Adolfo Menezes, anunciou a proposta de conceder a Comenda 2 de Julho, a mais alta honraria do Parlamento estadual, a Patrice Talon, presidente da República do Benin. A iniciativa, segundo Adolfo, não é apenas um reconhecimento das conquistas pessoais de Talon, mas também um símbolo da profunda conexão histórica entre o Benin e a Bahia.
Nascido em 1º de maio de 1958 em Uidá, Benin, Patrice Talon superou inúmeras adversidades ao longo de sua vida. Conforme detalhado pelo deputado, Talon teve uma infância modesta e uma carreira acadêmica que o levou de Dakar, no Senegal, a Paris. Antes de ingressar na política, destacou-se como um dos empresários mais bem-sucedidos da África. Em 2016, assumiu a presidência do Benin, sendo reeleito em 2021, consolidando sua posição como líder nacional.
Adolfo Menezes ressaltou no projeto de resolução que o Benin foi um dos principais pontos de partida para o tráfico de escravos que trouxe milhões de africanos para o Brasil, muitos dos quais desembarcaram em Salvador. “Esses africanos e seus descendentes moldaram a cultura baiana de maneiras indeléveis, desde a culinária, com pratos como acarajé e feijoada, até a religião, com a introdução do candomblé”, destacou o deputado.
Uma das principais metas de Patrice Talon, segundo o parlamentar, é posicionar o Benin como um destino turístico estratégico para as Américas, com ênfase na conexão histórica e cultural com a Bahia. Talon planeja investir significativamente em iniciativas que promovam o turismo de origem, destacando a cultura, religião e gastronomia do Benin como atrativos para visitantes.
Para Adolfo Menezes, essa abordagem visa não apenas fortalecer os laços históricos, mas também criar oportunidades econômicas e culturais entre o Benin e o Brasil. A reaproximação entre Salvador e Uidá, cidades com fortes laços culturais e históricos, é um passo significativo nesse processo de reconexão.
“A concessão da Comenda 2 de Julho a Patrice Talon é uma celebração da história compartilhada e das influências mútuas entre os povos da Bahia e do Benin. É um reconhecimento da dívida cultural que Salvador tem com os africanos do Benin, cujas tradições e legados continuam a enriquecer a vida baiana”, concluiu o presidente do Legislativo baiano.
