A divulgação do IPS 2025, indicador internacional que mede a qualidade de vida nas cidades brasileiras, revelou um cenário alarmante para Salvador. A capital baiana ficou na 24ª posição entre as 27 capitais, sendo a quarta pior do Brasil e a segunda pior do Nordeste. Para o deputado estadual Robinson Almeida (PT), os resultados são reflexo do abandono da cidade sob as gestões de ACM Neto e Bruno Reis, ambos do União Brasil.

“É o retrato de uma cidade sob comando da propaganda, mas que no cotidiano real amarga desemprego, desigualdade e precarização de serviços públicos essenciais”, afirmou o parlamentar. Robinson citou também o fraco desempenho da capital em outros rankings recentes, como o de desenvolvimento socioeconômico da Firjan, em que Salvador ficou atrás de municípios menores da Bahia.

O IPS 2025, elaborado pela Social Progress Imperative, atribuiu à cidade 62,05 pontos, com destaque negativo para áreas como saúde, mobilidade urbana, educação infantil e sustentabilidade. Segundo Robinson, a má gestão da arrecadação e o sufocamento do setor produtivo têm agravado o cenário social e dificultado a atração de investimentos.

“Não há planejamento urbano, não existe incentivo ao transporte público eficiente, e os serviços básicos estão sucateados. Salvador tem menos ônibus, menos áreas verdes, menos creches, menos acesso à saúde. Eles são especialistas em maquiagem, mas a realidade é dura”, declarou o deputado, criticando a alta carga tributária e a ausência de ações estruturantes.

Robinson também apontou a desigualdade como marca das administrações do União Brasil, lembrando que Salvador lidera rankings negativos como o de desemprego, falta de calçadas e desnutrição infantil. “As comunidades estão abandonadas, sem voz e sem vez. O resultado disso é esse: uma capital que não se desenvolve, só cresce na exclusão, e que agora amarga mais um índice vergonhoso”, concluiu.