O ex-prefeito de Salvador e vice-presidente nacional do União Brasil, ACM Neto, afirmou, nesta segunda-feira (21), que o partido não estará no palanque do presidente Lula nas eleições de 2026.
“Não tenho dúvida que, em 2026, o União Brasil não estará no mesmo palanque do governo e nem do presidente Lula. Estamos caminhando para a oposição”, declarou, acrescentando que a sigla deve oficializar, nas próximas semanas, uma federação com o Progressistas.
Segundo Neto, a união entre os dois partidos representa um passo estratégico para as eleições presidenciais, com potencial de formar um dos maiores blocos políticos do país.
“Talvez sejamos o agrupamento partidário mais forte, com maior musculatura, com grandes condições de influenciar na escolha do próximo presidente”, afirmou.
Ampla maioria
Apesar do anúncio de Neto, parte da legenda ainda defende uma aliança com o Palácio do Planalto. O ministro do Turismo, Celso Sabino, declarou recentemente que “a vontade da ampla maioria do nosso partido é apoiar o presidente Lula à reeleição” e afirmou que o ideal seria, inclusive, que o União participasse da chapa majoritária, ocupando a vice.
Mesmo com três ministérios na Esplanada – Turismo, Comunicações e Integração e Desenvolvimento Regional –, o União Brasil foi o quarto partido que menos votou com o governo federal em 2024. As declarações de Sabino, feitas durante entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, revelam o racha interno e o embate de posições dentro da sigla sobre os rumos eleitorais de 2026.