Um relatório da Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), enviado ao Ministério Público da Bahia (MPBA), revela que 114 municípios baianos enfrentam o problema do abate clandestino. Segundo o documento, quase um terço das cidades do estado realiza abates fora dos padrões legais, comprometendo a segurança alimentar da população. A carne de abate clandestino não passa por inspeções sanitárias, aumentando os riscos à saúde.
Em resposta, o MPBA lançou, nessa quarta-feira (11), a campanha ‘Quando o abate é clandestino, a procedência não é só duvidosa: é crime’, para conscientizar a população sobre os perigos e incentivar denúncias. “Estudos indicam mais de 30 doenças transmissíveis via carne contaminada, como tuberculose e brucelose”, destacou a promotora de Justiça Thelma Leal, coordenadora do Ceacon. O MPBA também já instaurou nove procedimentos para apurar irregularidades.
A campanha, que inclui spots de rádio e materiais em redes sociais, alerta que o preço abaixo do mercado pode ser um indicativo de carne de procedência duvidosa. O MPBA também orienta a verificação dos selos de fiscalização federal, estadual e municipal para garantir que a carne tenha sido inspecionada. Além disso, as denúncias podem ser feitas pelo Disque 127 ou pelo site do MPBA.