Em coletiva de imprensa na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) nesta terça-feira (10), o presidente da Embasa, Leonardo Góes, revelou que o novo contrato com a Prefeitura de Salvador está em fase final de negociação e prevê investimentos de R$ 7 bilhões na capital. “Nossa proposta inclui recuperação ambiental, saneamento da Ribeira, revitalização de rios como o Camarajipe e duplicação das adutoras para maior segurança hídrica”, explicou.
No período das eleições, o prefeito Bruno Reis chegou a criticar os serviços da Embasa e defender parcerias privadas para melhorar o saneamento na capital. A ideia incluía concessões para empresas privadas assumirem parte da operação, proposta que gerou debates sobre a eficiência da estatal. “Estamos buscando fortalecer a Embasa como uma empresa pública competitiva e preparada para enfrentar os desafios do mercado de saneamento”, destacou Góes.
O presidente da Embasa reforçou que Salvador já possui quase 90% de cobertura de coleta de esgoto, mas reconheceu os desafios em áreas de difícil acesso devido ao relevo. “Estamos propondo soluções individuais para essa parcela de 10% e avançando no combate às perdas no abastecimento de água”, afirmou. O novo contrato também inclui a criação de um fundo de saneamento para obras conjuntas de drenagem e pavimentação com a prefeitura.
Outro ponto importante é a duplicação das adutoras para reduzir o impacto das paradas programadas no abastecimento. “Queremos oferecer um serviço menos impactante, garantindo alternativas de abastecimento durante manutenções”, explicou Leonardo Góes. Ele ressaltou que Salvador e a Região Metropolitana são responsáveis por 40% do faturamento da Embasa, tornando a repactuação estratégica para a empresa e a cidade.
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A urbanização integrada também faz parte do pacote, com projetos como o do Mané Dendê, que combinam esforços do Estado e do município. “Estamos firmando um compromisso de universalizar o saneamento, melhorar o abastecimento e oferecer segurança jurídica para atrair investimentos. Essa discussão é técnica e atende aos interesses da população e da Embasa”, concluiu Leonardo Góes.
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