Nesta quinta-feira (5), movimentos sociais realizaram uma manifestação em São Paulo pedindo a saída do secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite. O ato começou no Theatro Municipal e seguiu em passeata até a sede da SSP, em meio a denúncias de abusos de poder e homicídios cometidos por policiais. “A gente quer sim a volta das câmeras policiais, mas também um controle externo das polícias e o respeito à Ouvidoria da Polícia Militar externa”, afirmou Simone Nascimento, do MNU.
O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), que anteriormente reduziu o orçamento para a compra de câmeras corporais, surpreendeu ao admitir seu erro em entrevista coletiva. “Eu era uma pessoa que estava completamente errada nessa questão. Hoje estou absolutamente convencido que as câmeras são um instrumento de proteção para a sociedade e para os policiais. Vamos não só manter o programa, mas ampliá-lo com o que há de melhor em tecnologia”, declarou.
O governo de São Paulo publicou no Diário Oficial do Estado, na última semana, uma resolução criando uma ouvidoria dentro da própria pasta, paralela à Ouvidoria da Polícia, já existente, que vem fazendo denúncias sobre ações irregulares da PM. De acordo com a SSP paulista, no entanto, a nova ouvidoria não atuará em assuntos relativos à direitos humanos.