Os grupos políticos do prefeito de Camaçari, Elinaldo Araújo (União Brasil), e do presidente da Câmara Municipal, Flávio Matos (União Brasil), atravessam um momento de ruptura que tem como estopim três pontos de atrito. A crise se intensificou nas últimas semanas, segundo reportagem do Destaque1.
O primeiro motivo da divisão é a derrota de Flávio nas eleições municipais, atribuída por integrantes de seu grupo à rejeição do atual prefeito. O desgaste no processo eleitoral gerou ressentimentos que se estendem à relação entre as duas lideranças.
Outro foco de tensão é a disputa pela presidência da Câmara Municipal no próximo biênio. Elinaldo apoia Elias Natam (PSDB), ex-secretário de Saúde, enquanto Flávio defende o vice-presidente da casa, Niltinho (PRD). A divergência agrava ainda mais o distanciamento entre os dois grupos.
O terceiro ponto de discórdia está relacionado às eleições de 2026, em que ambos os grupos desejam lançar candidatos para deputado estadual. Embora Elinaldo fosse considerado o nome natural até pouco tempo atrás, a derrota nas urnas fortaleceu o discurso de apoiadores de Flávio, que o apontam como uma opção mais viável.
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A proximidade da eleição para a presidência da Câmara promete acirrar ainda mais os ânimos. Outros nomes surgem na disputa, como os vereadores Dr. Samuka (PRD) e Dudú do Povo (União Brasil), que não contam com o apoio direto de Elinaldo ou Flávio. Já pelo PT, o prefeito eleito Luiz Caetano apoia Tagner Cerqueira, enquanto Dentinho também postula o cargo, mas sem alianças definidas.