Em sessão no Supremo Tribunal Federal nesta quarta-feira (6), o ministro Alexandre de Moraes reforçou que a pandemia de covid-19 “não foi uma gripezinha”, criticando o negacionismo e defendendo as medidas restritivas adotadas para conter o avanço da doença no Brasil. “Estamos falando de uma pandemia mundial na qual mais de 700 mil brasileiros morreram”, ressaltou Moraes, destacando o impacto do negacionismo governamental no país e a alta mortalidade entre a população.
As declarações ocorreram durante o julgamento em que o STF considerou inconstitucional uma lei municipal de Uberlândia, em Minas Gerais, que proibia a vacinação compulsória e impedia sanções contra quem não se vacinou. Moraes destacou a gravidade da desinformação disseminada nas redes sociais, incluindo alegações de que vacinados “virariam jacarés” ou que a pandemia seria uma conspiração chinesa. “Tudo isso que hoje parece risível foi trazido para que as pessoas não se vacinassem”, afirmou.
Por unanimidade, o plenário do STF referendou a decisão do ministro Luís Roberto Barroso, que em 2022 havia suspendido a Lei municipal 13.691/2022. Com isso, a Corte reforçou a validade de medidas que buscam promover a vacinação e proteger a saúde pública, em uma crítica clara aos esforços de desinformação que, segundo Moraes, prejudicaram a resposta do Brasil à pandemia.