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PF analisa celulares de Wassef para concluir inquérito das joias de Bolsonaro

Aparelhos apreendidos em São Paulo são chave para investigações sobre a venda de joias pelo ex-presidente

Decisão judicial libera presos por esquema de desvios na Operação Overclean
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A Polícia Federal está investigando os dados dos celulares do advogado Frederick Wassef para concluir o inquérito sobre a venda de joias pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Os quatro aparelhos foram apreendidos em agosto do ano passado durante uma operação em um restaurante em São Paulo. Os investigadores precisaram quebrar as senhas dos aparelhos para acessar o conteúdo.

Inicialmente, esperava-se que o relatório final do caso fosse apresentado nesta semana, mas a análise das novas evidências deve adiar a conclusão para a próxima semana. Segundo um membro da PF, as informações encontradas em dois dos celulares de Wassef são fundamentais para as investigações.

A apreensão dos dispositivos ocorreu dias após Wassef confirmar a compra de um relógio Rolex nos Estados Unidos, vendido pelo tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. Este Rolex era um dos presentes recebidos pelo governo brasileiro do governo da Arábia Saudita.

Além dos celulares de Wassef, a PF também confiscou aparelhos de Mauro Cid e de seu pai, o general da reserva Mauro Lourena Cid, que participaram das transações. As investigações indicam que Bolsonaro e seus aliados tentaram vender os artigos de luxo nos Estados Unidos, transportando-os no avião presidencial em 30 de dezembro de 2022, quando o ex-presidente deixou Brasília para ir a Orlando.

Para a PF, Bolsonaro utilizou a estrutura do governo federal para desviar presentes de alto valor oferecidos por autoridades estrangeiras. Após a divulgação do caso em 2023, o Tribunal de Contas da União (TCU) ordenou que Bolsonaro devolvesse os presentes recebidos.

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