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Conflito no extremo sul da Bahia resulta em morte de liderança indígena e outros feridos

Nega Pataxó, irmã do cacique Nailton Muniz Pataxó, foi assassinada durante confronto entre indígenas, policiais militares e fazendeiros no território Caramuru

Foto: Reprodução
Foto: Reprodução
Matéria atualizada às 21h45 de 21/01/2024, para incluir a resposta do governador Jerônimo Rodrigues.

Na tarde deste domingo (21), um conflito violento entre indígenas, policiais militares e fazendeiros no território Caramuru, município de Potiraguá, no extremo sul da Bahia, resultou na morte de Nega Pataxó, irmã do cacique Nailton Muniz Pataxó, do povo indígena Pataxó-hã-hã-hãe. A informação foi divulgada pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib).

De acordo com a Apib, o cacique e outra liderança indígena também foram baleados durante o conflito. O estado de saúde deles ainda não foi informado. Além disso, duas pessoas foram espancadas, uma mulher teve o braço quebrado e outras foram hospitalizadas, sem gravidade aparente. Dois fazendeiros foram presos por porte ilegal de arma.

A Apib relata que a retomada de uma fazenda por parte dos indígenas, como parte do território Caramuru, teve início na madrugada do dia anterior (20). A mobilização ganhou força após ruralistas da região convocarem fazendeiros e comerciantes via WhatsApp para realizar a reintegração de posse da fazenda de forma direta.

“A região enfrenta os desmandos de fazendeiros invasores que se dizem proprietários das terras tradicionais e acusam o povo de ser ‘falso índio’. A aprovação do marco temporal acentua a intransigência dos invasores, que se sentem autorizados a praticar todo tipo de violência contra as pessoas”, critica a Apib.

Vídeos que circulam nas redes sociais mostram um dos feridos no chão, cercado pelo grupo de ruralistas comemorando a ação violenta, narra a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil. A Apib também informa que policiais teriam participado dessa violência contra os indígenas.

A Apib exige o acompanhamento das autoridades e a apuração rigorosa do caso. Em nota, a organização enfatiza que a demarcação das terras indígenas é crucial para amenizar a escalada de violência que atinge os povos da região sul da Bahia.

Num vídeo gravado na governadoria, o governador Jerônimo Rodrigues expressou estar ciente do incidente e convocou uma reunião com as secretarias de Segurança Pública, Justiça, Direitos Humanos e Igualdade Racial para abordar o ocorrido. Ele declarou: “Não toleraremos qualquer forma de violência na Bahia e no Brasil. Quero assegurar a investigação e punição dos responsáveis”. Assista:

 

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