Em uma entrevista, nesta quinta-feira (4), o presidente do Partido dos Trabalhadores na Bahia, Éden Valadares, expressou o compromisso integral do partido em apoiar e se engajar ativamente na campanha do vice-governador Geraldo Júnior, pré-candidato da base do governador Jerônimo Rodrigues à prefeitura de Salvador. Éden não apenas reiterou o apoio, mas destacou a importância do respaldo dos partidos aliados na candidatura petista nas principais cidades baianas, incluindo Feira de Santana, Vitória da Conquista e Camaçari.
“Com a responsabilidade de sermos o partido do presidente Lula e do governador da Bahia no quinto mandato, é fundamental saber apoiar e ser apoiado. Provavelmente teremos o suporte da nossa base nas principais cidades da Bahia, reivindicando essas candidaturas para o PT”, afirmou Valadares, salientando a intenção de manter a unidade na base.
“Sempre defendemos o nome de Robinson desde que fosse para unificar o grupo. Se alguém unifica melhor, aí nós temos que manter, digamos, o motor girando porque o PT tem campanha de vereador para fazer, o PT quer ter participação no programa de governo de Geraldinho, quer ter participação na mobilização. Presença de rua nós faremos como faríamos na de Robinson ou de outro candidato nosso, até porque Geraldo é o candidato de Lula, é o candidato de Jerônimo. Sendo assim, o PT estará de corpo e alma e com dedicação total à candidatura de Geraldinho”, acrescentou Éden.
O dirigente partidário ressaltou ainda que, além de apoiar a candidatura de Geraldo Júnior, o PT vai trabalhar para ampliar o número de vereadores não só em Salvador como em todo o estado. O petista explicou ainda que o fato de o PT não ter um candidato na cabeça de chapa, como em Salvador, por exemplo, não interfere nos votos que serão dados aos vereadores, ainda mais com o advento do instituto da Federação, que começará a valer nas eleições municipais a partir do próximo ano.
“Na eleição passada, Lula ganhou na Bahia com quatro milhões e meio de votos, Jerônimo teve quatro milhões e meio de votos para governador. Ou seja, nós ganhamos para presidente e para governador, mas a votação na legenda do 13 caiu”, disse Éden para explicar que não há uma relação necessariamente direta entre a representação na chapa majoritária e o aumento de votos para o legislativo.
Sobre a estratégia da Federação, Éden destacou a necessidade de formar uma tática eleitoral envolvendo partidos da esquerda, como PCdoB, PV e PT, para montar uma chapa de vereadores diversificada, representativa e capaz de dialogar com diferentes segmentos da sociedade. “O desafio é grande, mas é necessário montar uma chapa que ocupe a cidade e consiga dialogar com diversos setores, incluindo mulheres, movimento negro, universidades e comunidades”, concluiu.
