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Conflito em Gaza alcançou novo nível de dor e violência, alerta ONU

Apagão imposto por Israel dificulta busca por vítimas, diz comunicado

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O conflito entre Israel e o Hamas alcançou “um novo nível de violência e dor” desde que as forças israelenses intensificaram os bombardeios e cortaram a internet e outras telecomunicações na Faixa de Gaza, advertiram neste sábado (28) as Nações Unidas.

O bombardeio de infraestruturas de telecomunicações em Gaza e o seu isolamento do mundo exterior, intensificado desde sexta-feira, “põe a população civil em grave perigo”, alertou hoje, num comunicado, o alto comissário da ONU para os Refugiados, Volker Türk.

Para o Alto-Comissariado, citado pela agência Efe, o ‘apagão’ dificultará, entre outras coisas, a busca por vítimas entre os escombros, por parte das equipas de resgate.

Além disso, “os civis não podem receber informação atualizada sobre onde podem aceder a ajuda humanitária”, nem de quais são os lugares mais e menos perigosos no território, explicou o alto comissário.

>> Veja também: ONU acusa Israel de crimes contra a humanidade e alerta para genocídio.

Os jornalistas no interior de Gaza também já não podem informar acerca da situação naquele território palestino, acrescentou Türk, antes de manifestar preocupação quanto aos trabalhadores do próprio Alto-Comissariado da ONU, com os quais já perdeu o contacto.

O ministro da Defesa de Israel disse hoje que “o solo tremeu em Gaza” e que a guerra contra os líderes do enclave palestino, o grupo palestino Hamas, entrou numa nova etapa.

“Passamos para a próxima etapa da guerra”, disse o ministro da Defesa, Yoav Gallant, em declarações hoje divulgadas pelos meios de comunicação israelenses.

“Na noite passada [sexta-feira], o solo tremeu em Gaza. Atacamos acima do solo e no subsolo. (…) As instruções para as forças são claras. A campanha continuará até novo aviso.”

As suas declarações marcam a aceleração gradual rumo a uma possível ofensiva terrestre total no norte de Gaza.

O grupo palestino Hamas atacou Israel no dia 7 de outubro, provocando a morte de mais de 1.400 pessoas, além de 220 sequestradas. Israel respondeu com bombardeios e incursões terrestres na Faixa de Gaza, que é controlada pelo Hamas desde 2007.

Desde o início do conflito, foram contabilizados mais de 7.300 mortos e cerca de 19.000 feridos na Faixa de Gaza, a grande maioria civis, dos quais mais de 3.000 são crianças.

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