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Moraes absolve general e vota por condenar nove réus da trama golpista

Ministro cita planos de atentado, ações táticas e disseminação de fake news; julgamento segue na Primeira Turma do STF

Moraes vota pela absolvição de general e por condenação de nove réus do núcleo 3 da trama golpista

Foto: Bruno Peres/Agência Brasil

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por Redação

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou nesta terça-feira (18) pela condenação de nove investigados do chamado núcleo 3 da trama golpista, formado por militares das forças especiais do Exército e um policial federal. No voto, o relator defendeu a absolvição do general Estevam Teóphilo, o oficial de maior patente entre os acusados, por entender que não há provas suficientes de sua participação.

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Segundo Moraes, sete dos réus devem ser responsabilizados pelos cinco crimes apontados pela Procuradoria-Geral da República, incluindo golpe de Estado, organização criminosa armada e ataque violento ao Estado Democrático de Direito. Já o coronel Márcio Nunes de Resende Júnior e o tenente-coronel Ronald Ferreira de Araújo Júnior devem responder por delitos menores, como “incitação à animosidade entre as Forças Armadas” e associação criminosa.


O relator afirmou que o núcleo operou em “ações táticas” para viabilizar o golpe, com disseminação de notícias falsas, tentativas de pressionar o alto comando militar e deslocamentos para monitorar e matar autoridades. Moraes citou que havia planos para atentados contra ele próprio, contra o presidente eleito Lula e o vice, Geraldo Alckmin. Em relação a Lula, o grupo teria discutido métodos como envenenamento ou uso de substâncias que provocassem colapso orgânico.

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Moraes destacou ainda conversas obtidas no aplicativo Signal e dados de localização por antenas telefônicas, que mostrariam agentes já em campo para executar os crimes. Durante a sessão, o ministro Flávio Dino comparou trechos do chamado plano Luneta a práticas do golpe de 1964, incluindo censura e prisões políticas. O julgamento seguirá com os votos dos ministros Cristiano Zanin, Flávio Dino e Cármen Lúcia. A sessão foi suspensa e deve ser retomada nesta tarde.

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