Foto: Bruno Peres/Agência Brasil
O embaixador André Corrêa do Lago, presidente da COP30, afirmou que a China se tornou “totalmente apoiadora desta agenda de combate à mudança do clima”. Em entrevista, ele disse que o país asiático se posiciona como alternativa à economia tradicional defendida por setores dos Estados Unidos e assume protagonismo na transição energética global.
O diplomata ressaltou que “uma coisa muito clara nesta COP é a presença muito forte da China” e que essa realidade revela “um embate geopolítico dentro desta negociação de qual direção o mundo deve tomar”. Ele analisou que certa parte do cenário estadunidense preferiria uma retomada da economia antiga, em oposição à ambição renovável promovida por Pequim.
Corrêa do Lago lembrou que a China traz “tecnologia e escala para produzir” e que sua participação pode reduzir custos e ampliar o acesso à energia solar e elétrica em países em desenvolvimento, implicando em impacto positivo além do âmbito técnico.
Com esse posicionamento, a COP30 assume uma nova fase, em que a agenda climática se entrelaça com interesses estratégicos internacionais. A declaração do presidente da conferência indica que o Brasil, como anfitrião, passa a mediar uma transição sob a égide tanto da cooperação quanto da competição global.
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