Instituto de Cegos da Bahia pede apoio para continuar e evitar colapso no atendimento

Com fila de espera crescente, entidade alerta que recebe só metade do valor necessário para funcionar

Instituto de Cegos da Bahia pede apoio para continuar e evitar colapso no atendimento
Foto: Antônio Queirós/CMS
Foto: Antônio Queirós/CMS

Durante a Tribuna Popular da Câmara Municipal de Salvador, nesta segunda-feira (16), representantes do Instituto de Cegos da Bahia (ICB) fizeram um apelo por apoio. Com um custo mensal de R$ 600 mil e apenas R$ 300 mil repassados pelo SUS, a instituição alerta que não conseguirá manter os serviços se não houver ajuda. O instituto realiza cerca de 310 mil procedimentos gratuitos por ano, voltados a pessoas em situação de vulnerabilidade.

Heliana Diniz, presidente do ICB, destacou o impacto social do trabalho desenvolvido: “O Instituto de Cegos não é só um lugar onde a pessoa vai constatar que está cega. É muito mais do que isso. A gente ensina braile, oferece assistência social e trabalha a sociabilização. A criança aprende que pode andar pela cidade, usar informática, tocar instrumentos e viver plenamente”.

A fila de espera, segundo Heliana, já chega a seis meses. “Preparamos até as mães grávidas para cuidar dos seus próprios filhos. É um trabalho lindo. Por isso, eu convido vocês todos para nos ver trabalhar. É um lugar de extrema felicidade”, afirmou, emocionada. Ela ainda ressaltou conquistas como a formação musical de jovens e medalhas nas Paraolimpíadas.

A assessora de Captação do ICB, Consuelo Alban, reforçou o apelo com dados alarmantes. “Até 2050, a quantidade de pessoas com deficiência visual deve aumentar em 180%, segundo a OMS. E 60% dos casos de cegueira hoje são evitáveis. Mas, sozinhos, não damos conta. Trabalhar vivendo de SUS é muito difícil. É impossível manter um serviço desse porte com metade do valor necessário”, disse.

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Consuelo aproveitou a visibilidade do púlpito da Tribuna Popular para reforçar o apelo por apoio institucional. Ela pediu que os vereadores destinem emendas parlamentares e mobilizem outras formas de auxílio. “A cegueira não espera. Uma mãe com um bebê no colo que está ficando cego vai ficar cego na fila se não conseguir entrar no Instituto. A gente não tem vergonha de pedir ajuda porque precisamos continuar”, concluiu.

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