O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT), afirmou nesta segunda-feira (28) que vê com bons olhos uma possível proposta de lei que reduza as penas de condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, desde que os mandantes e financiadores dos ataques não sejam beneficiados.
“Eu acho ótimo, desde que não se fale em anistia para mandantes e financiadores do crime. E não estou olhando para o Bolsonaro, que já está inelegível e, se depender de mim, pode ser candidato porque não me incomoda”, diz Wagner à Folha de S. Paulo.
Segundo o senador, a iniciativa parte do Parlamento e não tem envolvimento direto do governo federal. Ele ainda negou que o Palácio do Planalto esteja coordenando as conversas e afirma desconhecer o conteúdo de um eventual projeto de lei.
“O Planalto não está à frente do assunto. A posição — não diria nem que é Planalto, mas de quem zela pela democracia — é de não concordar com uma anistia. Quem está pressionado? O Parlamento, para votar a anistia. E a votação é para comprar uma briga com o STF, não com o Planalto. Não é o Planalto quem está condenando ninguém”, finalizou ele.