O retorno do PDT à base do governo da Bahia está prestes a se concretizar, com articulação direta entre o presidente estadual do partido, deputado Félix Mendonça Júnior, o governador Jerônimo Rodrigues (PT) e o ministro da Previdência, Carlos Lupi, que comanda a legenda nacionalmente. A expectativa é que Lupi venha à Bahia no início de maio para oficializar a reaproximação, em encontro com Jerônimo.
Segundo informações divulgadas pelo jornal A Tarde, o acordo entre PT e PDT foi costurado com foco nas eleições de 2026, sem discussão sobre cargos no atual governo estadual. A decisão marca uma reconciliação na relação entre os dois partidos, que estiveram afastados nos últimos anos, sobretudo após a crise política gerada pelo impeachment de Dilma Rousseff (PT) e a candidatura presidencial de Ciro Gomes (PDT).
Carlos Lupi, que foi avalista da saída do PDT da base de Rui Costa em 2022, hoje atua como elo entre os dois grupos em Brasília. Com sua nomeação para o ministério de Lula e a relação próxima, em Brasília, com Rui, atual ministro da Casa Civil, o ambiente ficou mais propício para o reencontro político entre trabalhistas e petistas.
A gota d’água para a ruptura com a oposição foi a filiação de Débora Régis – então vereadora e hoje prefeita de Lauro de Freitas – ao União Brasil, legenda de ACM Neto. A movimentação foi encarada por Félix como traição, acelerando a decisão de deixar o grupo oposicionista. Agora, com o aval de Lupi, Rui, Félix e Jerônimo, o retorno do PDT ao campo governista depende apenas de formalização.