A morte da pastora Adnailda Souza Santos, de 42 anos, na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Pau Miúdo, em Salvador, na última terça-feira (11), gerou uma onda de indignação e críticas à gestão municipal. O ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), manifestou-se sobre o ocorrido, afirmando que o descaso no atendimento se deu porque “não foi com nenhum parente dele”, referindo-se ao prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil). As declarações foram feitas durante uma agenda em Itabuna, nesta sexta-feira (14).
A pastora, conhecida como Dina, era asmática e buscou atendimento na UPA após sentir falta de ar. Imagens divulgadas pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) mostram que ela recebeu atendimento inicial às 17h23, sendo conduzida em uma cadeira de rodas por funcionários da unidade. No entanto, familiares alegam que houve demora no atendimento, o que teria contribuído para o desfecho trágico. Bruno Reis defendeu o procedimento adotado, afirmando que “não houve problema nenhum de falta de oxigênio, mas infelizmente não resistiu e nós lamentamos muito a perda de uma vida”.
O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), também se pronunciou sobre o caso, destacando a importância de investimentos contínuos na saúde pública para evitar situações semelhantes. “Caro é a pessoa não ter atendimento quando mais precisa”, afirmou o governador, enfatizando a necessidade de um sistema de saúde eficiente e acessível a todos. Nesta sexta-feira (14), Jerônimo participou da inauguração da ampliação do Hospital de Base de Itabuna, que agora atende mais de 120 municípios das regiões Sul, Extremo Sul, Baixo Sul e Sudoeste da Bahia, com um investimento total de R$ 75 milhões.
