O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, determinou nesta quarta-feira (26) que os ministros Flávio Dino e Cristiano Zanin se manifestem sobre os pedidos de impedimento apresentados pela defesa de Jair Bolsonaro. Os advogados do ex-presidente argumentam que ambos possuem vínculos anteriores com o governo Lula, o que, segundo eles, comprometeria a imparcialidade no julgamento da denúncia da trama golpista.
A solicitação ocorre um dia após a defesa de Bolsonaro protocolar uma petição no STF alegando que Dino, quando era ministro da Justiça e Segurança Pública, entrou com uma queixa-crime contra o ex-presidente. Já Zanin teria atuado como advogado da campanha de Lula e ingressado com ações contra a chapa de Bolsonaro nas eleições de 2022. Ambos fazem parte da Primeira Turma do STF, colegiado responsável pelo julgamento da denúncia contra Bolsonaro e outros 33 acusados.
Caso a maioria dos ministros da Primeira Turma aceite a denúncia, Bolsonaro se tornará réu e passará a responder a uma ação penal no Supremo. Ainda não há data definida para o julgamento, mas, considerando os trâmites legais, ele pode ocorrer ainda no primeiro semestre de 2025.