O deputado estadual Adolfo Menezes (PSD) classificou como “absurdo” seu afastamento da presidência da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), determinado pelo ministro do STF Gilmar Mendes. A decisão, que atendeu a um pedido do deputado Hilton Coelho (PSOL), coloca em xeque seu retorno ao cargo, já que a reeleição consecutiva na Casa é alvo de contestação jurídica.
Em entrevista durante o evento que celebrou os 200 anos da Polícia Militar da Bahia, nesta segunda-feira (17), Adolfo criticou a decisão do Supremo e defendeu que a Constituição estadual permite sua permanência na presidência. “É um absurdo, até porque nós vivemos, pelo menos na teoria, da República Federativa do Brasil. Os estados deveriam ser independentes”, afirmou.
O parlamentar também responsabilizou o Congresso Nacional por não estabelecer regras claras sobre a reeleição nos legislativos estaduais, o que, segundo ele, abre espaço para interferências do STF. Com o afastamento, a presidência da ALBA está sob o comando da primeira vice-presidente, Ivana Bastos (PSD), enquanto o retorno de Adolfo Menezes segue indefinido.